A colocação nos quadros do Hospital de S. Teotónio, em Viseu, de uma familiar do adjunto do ministro da Saúde revela que «se agravou o compadrio e o favoritismo» nos hospitais AS, segundo Francisco Almeida, primeiro candidato da CDU no distrito, em nota de imprensa.
Francisco Almeida exige que o ministro da Saúde explique qual o método adoptado para a colocação e que o director da Administração Regional de Saúde do Centro deve clarificar a sua actuação em todo o processo.
«Enquanto para a generalidade dos trabalhadores do hospital são postos em causa os vínculos laborais de dezenas de anos, florescem situações de escandalosa excepção no acesso a quadros da administração pública», afirmou Francisco Almeida, reiterando a oposição da coligação contra a privatização dos serviços de saúde e à constituição dos hospitais SA.
«O desenvolvimento desta solução confirmou todas as piores previsões que há algum tempo se podiam fazer, nomeadamente no Hospital de S. Teotónio SA: degradaram-se significativamente os serviços de saúde; aumentaram as despesas dos cidadãos com os cuidados de saúde; o tempo de espera nas urgências subiu significativamente para valores intoleráveis; e importantes direitos dos trabalhadores da saúde foram postos em causa», referiu.